sábado, 5 de maio de 2012

Literatura - Classicismo Literário



William Shakespeare
Biografia:Pouca coisa se sabe sobre a vida de William Shakespeare. A falta de   maiores informações sobre sua vida chegou a inspirar dúvidas quanto à verdadeira autoria de suas peças. Sabe-se apenas, com certeza, que ele nasceu em Stratfordon-Avon, a 22 de abril de 1564, e morreu na mesma cidade, a 23 de abril de 1616. Teria freqüentado o colégio público de sua cidade natal, casado muito cedo e se tornado ator. Ao transferir-se para Londres, em 1592, já era um dramaturgo conhecido. Dono do Globe Theatre, tornou-se um homem próspero e aplicou os lucros na compra de
 propriedades e terrenos em sua cidade, onde se instalou definitivamente em 1611.       A arte dramática de Shakespeare pode ser dividida em três fases. Numa primeira, que vai de 1590 a 1602, o dramaturgo escreveu comédias alegres e ligeiras, dramas históricos e tragédias no estilo renascentista.  a segunda fase, iniciada em 1602 e que vai até aproximadamente 1610, caracteriza-se por tragédias grandiosas e comédias amargas; enquanto na terceira fase, que vai até o fim de sua vida, foram produzidas peças feéricas com finais conciliatórios. Embora alguns críticos queiram atribuir essas diferenças a acontecimentos de sua época, não há evidências que possam comprovar essa teoria. O mais provável é que tenha ocorrido uma simples mudança de estilo.
       Sua primeira peça, "Titus Andronicos", escrita provavelmente em 1590, já trazia alguns elementos do universo shakespeariano: uma tragédia de horrores, cheia de assassinatos e violações, em que se vislumbra o toque do supremo analista da alma humana. Apesar de ter gozado de grande popularidade na época, essa obra seria mais tarde considerada indigna de Shakespeare. Em seguida, começou a elaborar peças históricas e comédias populares. Dessa fase, são mais conhecidas hoje: "A megera domada", cuja fonte foi uma antiga peça anônima e escrita apenas para divertir o público; "Romeu e Julieta", derivada de um insípido poema de Arthur Brooke, que se tornou a mais célebre das tragédias de amor de todos os tempos e  a obra mais conhecidas do autor; e "Julio César", sua ultima peça renascentista.
      Das tragédias de sua segunda fase, constam algumas das suas mais famosas obras: "Hamlet" (1601), onde se discute a condição humana e a loucura do poder; "Macbeth" (1606), uma visão aguda e sombria da ambição e da atmosfera asfixiante inerente à tirania; e, "Rei Lear" (1607), um enfoque da crueldade humana, incrustada na tragédia de um amor fatal, considerada, por muitos, a sua maior obra. De sua ultima fase, a peça mais conhecida é "A tempestade", que, apesar de seu final conciliatório, mostra o contraste violento entre o monstro Caliban e o angelical Ariel.
      Autor de trinta e sete peças teatrais, Shakespeare é considerado o maior dramaturgo da literatura universal. O fato de ter escrito à maneira de sua época, o fértil renascimento elisabetano, com uma técnica que nada tem em comum com a antiguidade grega ou o classicismo francês, foi durante muito tempo obstáculo para o reconhecimento de sua obra, muito mais influenciada por autores ingleses seus contemporâneos como Marlowe, Middleton ou John Webster do que pelos clássicos. Também poeta, Shakespeare escreveu dois poemas narrativos durante a juventude e mais de cem sonetos, considerados os mais belos da língua inglesa.
OBRAS:
  • Hamlet
  • Muito barulho por nada
  • Medida por medida
  • A tragédia do rei Ricardo II
  • A famosa história da vida do rei Henrique VIII
  • Henrique IV (parte I)
  • Henrique IV (parte II)
  • Vida e morte do Rei João
  • Macbeth
  • A Tempestade
  • A megera domada
  • Otelo
  • Júlio César
  • Rei Lear
  • Romeu e Julieta
  • Conto de inverno
  • Antônio e Cleópatra
  • Sonho de uma noite de verão
  • Tudo bem quando termina bem
  • As alegres senhoras de Windsor
  • A Comédia dos erros
  • O Mercador de Veneza
  • Os dois cavalheiros de Verona
  • Trabalhos de amor perdidos
  • A tragédia do rei Ricardo III
  • Coriolano
  • Tito Andrônico
ROMEU E JULIETA (Resumo)

Ato I. Cena 1: No mercado de Verona
Romeu, filho dos Montéquio, tenta sem sucesso declarar seu amor a Rosalina e é consolado por seus amigos Mercúrio e Benvolio. As pessoas começam a se encontrar no mercado, e uma discussão ocorre entre Tebaldo, sobrinho dos Capuleto, e Romeu e seus amigos. Os Capuletos e os Montéquio são inimigos eternos, e por isso, logo se inicia uma briga. Os Montéquios e os Capuleto lutram entre si, até que são interrompidos pela chegada do Príncipe de Verona, que tenta dar fim à hostilidade existente entre as duas famílias.

Ato I. Cena 2: A sala de Julieta na casa dos Capuleto
Julieta, brincando com sua ama, é interrompida por seus pais. Eles a apresentam a Paris, um rico e jovem nobre que pediu sua mão em casamento.

Ato I. Cena 3: Fora da casa dos Capuleto
Os convidados chegam para o baile oferecido pela família. Romeu, Mercúrio e Benvolio se disfarçam com máscaras e decidem ir em busca de Rosalina.
Ato I. Cena 4: O salão de bailes
Romeu e seus amigos chegam no clímax da festa. Os convidados vêem Julieta dançando; Mercúrio, vendo que Romeu está hipnotizado por ela, decide distrair sua atenção. Tebaldo reconhece Romeu e ordena que deixe o salão, mas um Capuleto intervém e o acolhe como convidado em sua casa.

Ato I. Cena 5: Fora da casa dos Capuleto
Enquanto os convidados deixam o salão, o Capuleto reprime Tebaldo por perseguir Romeu.
Ato I. Cena 6: O balcão de Julieta
Sem conseguir dormir, Julieta fica em seu balcão pensando em Romeu, quando ele de repente aparece no jardim. Eles então confessam o amor que sentem um pelo outro.
Ato II. Cena 1: O mercado de Verona
Romeu só consegue pensar em Julieta e, vendo um cortejo de casamento passar, ele sonha no dia em que vai desposá-la. Enquanto isso, a ama de Julieta se espreme no meio da multidão para entregar uma carta para Romeu. Ele lê e recebe o "sim" de Julieta para o casamento.
Ato II. Cena 2: A capela
Os amantes se casam secretamente com Frei Lourenço, que espera que assim se acabe a intriga entre os Motéquio e os Capuleto.
Ato II. Cena 3: O mercado de Verona
Interrompendo a farra, Tebaldo luta com Mercúrio e o mata. Romeu vinga-se da morte de seu amigo e é exilado.
Ato III. Cena 1: O quarto
Na aurora de um novo dia, a agitação na casa dos Capuleto é muita, e Romeu deve ir embora. Ele abraça Julieta e parte no momento em que os pais de Julieta aparecem com Paris. Julieta recusa-se a casar com ele, e, magoado com sua recusa, ele a deixa. Os pais de Julieta se aborrecem e ameaçam deserdar a filha. Julieta vai ao encontro de Frei Lourenço.
Ato III. Cena 2: A capela
Julieta cai nos pés do frei e implora por sua ajuda. Ele lhe dá um frasco com uma poção que a fará dormir, de maneira que todos pensem que é morta. Seus pais, acreditando estar ela realmente moribunda, irão enterrá-la no mausoléu da família. Enquanto isso Romeu, avisado pelo Frei Lourenço, irá voltar à noite para buscá-la e juntos fugirem de Verona.
Ato III. Cena 3: O quarto
Esta noite, Julieta aceita que Paris a despose, mas na manhã seguinte, quando seus pais chegam com Paris, percebem que ela está morta.
Ato III. Cena 4: O mausoléu dos Capuleto
Romeu, não avisado pela mensagem do Frei, volta à Verona atordoado com a notícia da morte de sua amada. Disfarçado como um monge, ele entra no mausoléu e, vendo Paris sobre o corpo de Julieta, o mata. Acreditando que ela está morta, Romeu se envenena. Julieta acorda, e vendo seu Romeu sem vida, se suicida também com um punhal, pois não pode viver sem seu grande amor.

Muito barulho por nada (Resumo)
William Shakespeare
Um homem e uma mulher. Os dois igualmente inteligentes, bem articulados, espirituosos, rápidos em construir respostas espertas a todo tipo de afirmação ou pergunta. É nas falas de Beatriz e Benedicto, dois dos personagens mais queridos do público de Shakespeare, que se fundamenta a parte cômica desta peça, Muito barulho por nada. Quando se encontram os dois, armam-se verdadeiros combates entre esses esgrimistas das palavras, dois alérgicos ao casamento, para o prazer do leitor ou platéia.
O lado trágico da peça nasce de pérfida intriga armada por um homem despeitado e vingativo, carregado de ódio, e que se descreve assim: "é mais condizente com meu sangue ser desdenhado por todos que pavimentar a estrada para roubar a afeição de alguém. Assim é que, muito embora não se possa dizer de mim que sou um homem honesto e bajulador, não se pode negar que sou um patife franco e leal". Com provas falsamente arranjadas, uma inocente donzela é acusada de ser uma rameira. A história tem danças, festa de mascarados, cerimônia de casamento; tem flertes, tem príncipes e condes, damas nobres e damas de companhia; e a história tem calúnias, desafios para duelos, confrontações verbais, cerimônia fúnebre, até morte e fuga que se revertem. A história tem dores e amores; a história é teatro e é Shakespeare.

CITAÇÕES DO AUTOR
  - Um coração sem máculas dificilmente se assusta.” (William Shakespeare (1564-1616), poeta e dramaturgo inglês)
- A esperança, muitas vezes, é um cão de caça sem pistas. (William Shakespeare – poeta e dramaturgo inglês)
- Amar não significa apoiar-se e companhia nem sempre significa segurança. (William Shakespeare – poeta e dramaturgo inglês)
- A felicidade efetivamente consiste no meio-termo, nem muito alta nem muito baixa; à opulência nascem-lhe cedo cabelos brancos, mas a simplicidade tem velhice longa... (William Shakespeare – poeta e dramaturgo inglês)
- É preferível ser desprezado e saber, que viver adulado e tido sempre em desprezo. (William Shakespeare - King Lear, ato IV, cena 1)
- A ambição em si, não é mais que a sombra de sonho. (William Shakespeare - Hamlet, ato II, cena 2)
- Podeis fazer-me abdicar de minhas glórias e de meu Estado; mas de minhas amarguras, não, pois ainda não sei de minhas tristezas. (William Shakespeare - King Richard II, ato IV, cena I)
- Oh! que formosa aparência tem a falsidade! (William Shakespeare - The Merchant of Venise, ato I - cena 3).
- Não basta levantar o fraco, é preciso ampará-lo depois. William Shakespeare - Timon of Athens, ato I, cena 1).
- A obra-prima é uma variedade de milagre. William Shakespeare, II, 6)
- Quem será tão medroso que não tenha a audácia para acender o fogo na época do frio? (Willian Shakespeare - Venus and Adonis, verso 40)
- A delicadeza e a bondade parecem vis aos vis; à corrupção, agrada-lhe a corrupção. (William Shakespeare - King Lear, ato IV, cena 2)
- É preferível ser completamente enganado do que abrigar a menor suspeita. (William Shakespeare - Othelo, ato 3º, cena 6)
- Quando a formosura é o advogado, todos os oradores emudecem. (William Shakespeare – The Rape of Lucrece, v. 268).
- Algumas vezes creio que não tenho mais engenho do que qualquer cristão ou qualquer outro homem vulgar. (William Skakespeare - Twelfth Night, ato I, cena 3)
- Nós somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos. (William Shakespeare - Dramaturgo)


Luís Vaz de Camões 



Vida


Alguns países disputaram sobre onde deveria ter nascido Luis Vaz de Camões, tais como Lisboa, Coimbra e Santarém. Mas o país que provavelmente ele deve ter nascido foi em Lisboa no ano de 1525 e morre em 1580 também em Lisboa. Era um homem ruivo, falava bastante e era bastante querido entre as mulheres de sua época, principalmente a infanta D. Maria, D. Caterina de Ataíde, onde em muitos envolvimentos amorosos que teve causou-lhe algumas contradições, foi “expulso” do lugar onde morava, pois se envolveu amorosamente com D. Caterina de Ataíde que serviu-lhe de inspiração para seus cantos amorosos, essa mulher no qual ele sentia um amor-platônico por ela, tinha o nome imaginário de Natércia. 

Foi alistado como soldado quando partiu para Ceuta (Marrocos), no ano de 1547 onde em escaramuças com os mouros acabou ficando cego do olho direito. Volta à corte em 1550, cego, mas da mesma maneira que sempre se portava antes, valentão, que se envolvia sempre em conflitos, recebeu dois tipos de apelido de Trinca-Fortes e de Diabo Zarolho. No dia de Corpus Christi, no ano de 1552, teve uma briga com um funcionário do Paço, chamado de Gonçalo Borges, em que levou um golpe de espada e ficou preso numa cadeia chamada de Tronco. No outro ano, refez todo o caminho que Vasco da Gama percorreu o caminho do descobrimento do caminho marítimo para as Índias, que mais tarde se transformará em inspiração para Os Lusíadas

Camões Lírico – As Rimas de Luís de Camões

Foram publicados somente quatro poemas líricos de Camões: ode, dois sonetos e uma elegia. O livro: Rimas de Luís de Camões teve sua primeira edição organizada por Fernão Rodrigues Lobos Soropita e foi publicada em Lisboa em 1595. As edições de Domingos Fernandes, de Faria e Souza, de Antônio Alves, foram dando mais volume para as obras líricas de Camões, através de diversos poemas, onde os textos foram atribuindo as Rimas. 

A Lírica de Camões está dividida em duas partes principais, vejamos: 

1. Lírica Tradicional: essa lírica é constituída da medida velha, ou seja, de redondilhos, ela é um modelo da poesia palaciana do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, alguns exemplos são: cantigas, vilancetes, trovas, esparsas e motes glosados. 

2. Lírica Clássica: essa lírica é constituída da medida nova, ou seja, de decassílabos, como por exemplo, odes, sonetos, sextinas, canções, elegias, écloga e oitavas. 

Camões épico – Os lusíadas 

Em Lisboa, o poema Os Lusíadas foi editado em 1572 por Antônio Gonçalves sob proteção do Rei D. Sebastião, essa foi a maior epopéia da língua Portuguesa, que passou por uma terrível censura, porém sem que houvesse corte na Primeira edição. Algum tempo depois, por causa do agravamento da Santa Inquisição, vários episódios começaram a ser contrários à Fé e aos seus costumes, principalmente o “Consílio dos Deuses” e a “Ilha dos Amores”. O ano de 1572 datou duas edições da obra Os Lusíadas.


Brasil
A chamada Era Clássica compreende os fatores socioeconômicos que marcaram os séculos XVI, XVII e XVIII. Essa fase retoma os valores da Antiguidade Clássica e, por isso, recebe a denominação citada.

O período histórico da Era Clássica envolve a queda do feudalismo, a expansão marítima e o desenvolvimento do capitalismo. Esse período perdura até que uma nova configuração política, econômica e social se estabeleça com a chegada das Revoluções Industrial e Francesa.

A Era Clássica enfatiza a poesia, a mitologia; os autores clássicos, como Homero, Virgílio e Horácio; a exaltação da vida no campo e o bucolismo.

Pode, ainda, ser dividida por três estilos literários: Classicismo, Barroco e Arcadismo.

O Classicismo surge durante o Período do Renascimento, ou seja, em meio ao movimento artístico no qual a cultura clássica ocupava o espaço da medieval, o capitalismo consolidava-se e a Idade Média tinha seu fim.

Então, a Idade Moderna precedia a nova realidade, mais liberal, mais antropocêntrica (o homem como centro). Todas as manifestações literárias que figuravam este modelo renascentista são chamadas de Classicismo. Este último passa a existir em Portugal no ano de 1527, com o retorno de Francisco Sá de Miranda da Itália, o qual divulga os novos conceitos europeus da arte e da poesia.

São características das obras do Classicismo: a presença de adjetivos, a perfeição estética, a pureza das formas, a retomada da mitologia pagã e a busca do ideal de beleza encontrado nos modelos dos autores da Antiguidade Clássica.

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